sábado, 23 de janeiro de 2016

(RE)LIDO #69



















SÓ DESISTO SE FOR ELEITO
de Manuel João Vieira. Lisboa: Artemágica, 2004
"Só desisto de beber se for eleito"
"Mais sério do que isto já não é política, já é vida real"
"Portugal está uma pia. Vieira promove utopia"
Em dia de reflexão para a eleição presidencial de amanhã, estes três slogans do candidato Vieira da campanha de 2001 continuam e, certamente, continuarão a fazer todo o sentido. Atendendo à qualidade da discussão entre os dez cidadãos candidatos em 2016, atendendo ao (não) estado do país, atendendo à nossa indecisão em quem votar, é pena que o candidato Vieira não tenha desta vez avançado seriamente para Belém apesar de não ter deixado de comparecer nas ondas hertezianas. Teria elevado em muito o dia-dia dos penosos últimos quinze dias. Como diria o próprio, "vou ser eleito porque é impossível ganhar", o que nos remete para a brilhante crónica de Ferreira Fernandes no "Diário de Notícias" de hoje, uma utopia sarcástica que responde a esta verdadeira pantomina em que se transformou a política e, acima de tudo, a classe dos políticos. O Pacheco Pereira disse que não sabia ainda em quem iria votar, o que é o estado de alma de uma imensidão de portugueses envergonhados com quem os poderá a vir a presidir. Talvez a leitura deste repositório de "ideias", as tais que os candidatos dizem sempre apresentar, permitisse melhorar a colorir o cinzentismo do debate. É que se for para nos dar música como a que foi "tocada" nos últimos oito anos, então que seja música de qualidade... sempre vamos, pelo menos, sorrindo!            





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