quarta-feira, 9 de maio de 2007


JAMES BLACKSHAW
Tertúlia Castelense, Maia, 8 de Maio


De James Blackshaw nunca tinhamos ouvido falar apesar de ele já ter tocado com Josephine Foster no Mercedes... em 2005. O músico é considerado um dos mestres do fingerpicking actual, ou seja, dotado daquela capacidade maravilhosa de dedilhar um guitarra acústica. Neste caso, trata-se de uma guitarra Guild de doze cordas! A proximidade a que assistimos ao concerto permitiu constatar da dificuldade de execução de um instrumento como este, mas que o músico transforma em algo tão simples e planante. As ondas sonoras são tão ternas e aconchegantes que o tempo passa rapidamente, em cerca de uma hora de concerto verdadeiramente íntimo. As composições são longas e de um rendilhado acústico surpreendente, não havendo lugar à voz. Só instrumentais e, neste caso, é mais que suficiente. É bom. É mesmo muito bom.
Nota: na timidez demonstrada, na marca da guitarra, na atitude bondosa, no clássico fingerpicking, James Blackshaw só podia fazer lembrar Nick Drake. Drake não aparece citado nas suas influências, nenhum de nós o viu a tocar ao vivo, mas ontem, para todos os efeitos, foi como se ele pairasse na sala...

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